Conheça o Município de Orós

Conheça o Município


CEP
63.520-000
Distância de Fortaleza
354,1km, aproximadamente 5h10min
Vias de acesso
BR-116/CE-282/153
Região Administrativa
16
Localização
microrregião de Iguatu
Data da criação
15/09/1956
Gentílico
Oroense
Área
576,27km²
Clima
temperatura máxima 35ºC e mínima de 25ºC (médias)
Precipitação Pluviométrica
784,8 mm (média dos últimos 30 anos)
Recursos Hídricos
açude Orós e rio Jaguaribe
População
21.268 (IBGE 2007)
Padroeira
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

 Histórico de Orós



Orós nasceu à margem direita do rio Jaguaribe, imediatamente atrás do boqueirão, ao sopé da serra do mesmo nome limitada, a oeste, pelo morro do Olho D’água. A princípio, o riacho do Olho D’água limitava o povoado ao sul, mas depois algumas casas ultrapassaram-no dando origem ao antigo subúrbio do Rabo da Gata. Uma ponte de madeira, durante muito tempo, favoreceu o tráfego entre as partes. Após 1960, o riacho foi canalizado – a cidade então cresceu nesse sentido. Com a construção definitiva do açude, um acampamento se organizou à margem esquerda do rio, e nasceu o atual bairro São Geraldo e consequentemente as demais ruas hoje existentes.

O BOQUEIRÃO

Citado pelos primeiros bandeirantes que adentraram o sertão cearense, com o nome de Boqueirão do Quixelô, só mais tarde, quando o curso do rio Jaguaribe foi reconhecido, passou a ser chamado de Boqueirão do Jaguaribe e, muito recentemente, de Boqueirão de Orós.

Ligado umbilicalmente à história do município: no passado de seu povoamento, no presente com a construção da barragem. Foi descoberto no governo Epitácio Pessoa, que investiu maciçamente na infra-estrutura que, anos depois, culminou com a realização da obra. Foram décadas em que gigantescas torres de ferro e de aço, fincadas pelos americanos à margem do boqueirão, viveram solitárias, constituindo uma paisagem pitoresca de abandono e esperança, de desafio entre a técnica e a natureza.

O AÇUDE

O açude público de Orós teve a primeira citação recomendando o seu estudo como obra de relevante importância, quando a comissão incumbida por D. Pedro II para visitar o Ceará , sugeriu a sua construção e seu abastecimento d’água permanente.

Em 1911, graças ao Diretor de Inspetoria de Obras Contra as Secas, Engº Miguel Arrojado Lisboa, e uma recomendação feita pelo Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, o local foi pela primeira vez reconhecido e estudado.

Tempos depois, o ilustre geólogo Dr. Luciano de Morais percorreu a região e realizou sondagens no local mais estreito do vale, constatando que as camadas de rochas, ali, eram bem resistentes, mas apresentavam problemas para a implantação de uma barragem de alvenaria ciclópica.

Em 10 de dezembro de 1912 houve um incêndio no escritório da primeira secção da FIOCS, em Fortaleza, destruindo os seus primeiros (projetos) estudos e anteprojetos.

Em 1913, no palácio do Governo do Ceará, o Cel. José Pinto Coelho Albuquerque conversava sobre a excelência dos bagres do poço de Orós quando a palestra foi, então, encaminhada para a existência do Boqueirão. Por iniciativa do próprio Distrito, surgiu o interesse de estudar o local, para sondagens preliminares do Poço de Orós, no próprio centro do boqueirão, com profundidade superior a 40 metros. Dispondo apenas de sondas manuais, não lhes foram possíveis maiores investigações, constatando as dificuldades para o fechamento retilíneo do boqueirão de Orós. O técnico responsável sugeriu duas alternativas:

a) barragem retilínea e jusante;
b) barragem em curva para montante.

Em 1919, no dia 25 de dezembro, sob lei nº 3025, sancionada pelo Presidente da República Epitácio Pessoa, foi fixado um plano para construção e grandes barragens no Nordeste, entre elas a construção do Orós.

Em 1921, sob a direção do Engº americano, J. A. Sargent, houve o destroncamento da mata e as primeiras construções das casas residenciais, casa para trabalhadores, armazéns, galpões, hospital, prédio para usina, e ereção de uma pequena igreja.

O início da construção teve certa dificuldade em virtude da falta de estradas. Mas com a construção do ramal ferroviário, que partiu de José de Alencar com 42 km de extensão e atingindo Orós, os trabalhadores tomaram novo impulso acelerando a construção.

Em 1925 tentou-se fazer algo, mas as obras foram paralisadas em virtude do Decreto nº 16.716, que constava que as despesas apanhadas pelo inspetor Lisboa, referente ao açude Orós, montavam em dezenove mil contos de réis, o que era uma enorme quantia para época.

Em 1928, tentativas foram feitas para a construção do açude Orós, obtendo-se do Congresso Nacional uma lei, cujo projeto constava a autorização para o Governo contratar, mediante concorrência, a construção no prazo de seis anos, dos açudes “Orós e Pedra Branca” e do correspondente sistema de irrigação do Vale do Jaguaribe e outros açudes e sistemas de irrigação.

Os membros do Centro de Importadores de Fortaleza, em 15 de setembro de 1933, dirigiram-se ao Presidente da República levando transcritos os diversos trechos dos trabalhadores que o Eng° Thomaz Araújo Pompeu Sobrinho havia publicado, contando os dados técnicos, econômicos e sócias de Orós.
Surgiram então vários estudos:

- Barragem em arcos múltiplos, apoiados em contrafortes ou maciços de alvenaria ciclópicos, com resistência por gravidade, mas o custo era muito alto.

- Barragem em concreto armado, em arco simples e múltiplo, ou sem arcos. Abandonaram o projeto porque as impurezas da água causariam danos aos materiais que ali seriam usados como o ferro e o aço.

- Barragem de terra, de rockfill ou mixta, no ponto mais constrito do boqueirão. A obra foi reiniciada. De positivo mesmo, só foi feito um túnel de 1600 metros ligando Orós ao açude Lima Campos (túnel esse concluído em 1940).

Finalmente, em 1957, o Departamento de obras Conta as Secas – DNOCS opta pelo estabelecimento de uma barragem em círculo para montante. À equipe do Engº Anastácio Honório Maia, foi entregue a construção. No mês de outubro de 1958 iniciarão as escavações das fundações.

Em 1959, após o inverno, fechou-se o boqueirão e abriu-se um túnel de hidrelétrica.

Em 1960, devido as chuvas intensas durante a construção, um transbordamento se antepõe à obra. Lavou a barragem às 0h17min do dia 26 de março. Tremenda foi a catástrofe, que deixou mais de cem mil pessoas desabrigadas. Felizmente não mortes a lamentar e os prejuízos não ultrapassaram a soma de 350.000.000,00 (milhões de cruzeiros).

Mas o Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, não perdeu a serenidade. A sua promessa, feita em 1955 (quando candidato), de construir o Açude Orós, continuava persistente.

No dia 15 de julho do mesmo ano, foi retomada a construção, que em 80 dias úteis recuperaram a posição anterior ao transbordamento. Em 05 de janeiro de 1951 estava pronta a parede para a inauguração.

NOTAS COMPLEMENTARES SOBRE O AÇUDE PÚBLICO DE ORÓS

Em 1921, no Governo Epitácio Pessoa, tiveram início as obras de infra-estrutura para a construção do açude público Orós. Sob a direção do Engº americano Sargent, foram dispensados, na época, vinte mil contos de réis em obras daquela natureza. Do dinheiro foram feitas construções indispensáveis e outras suntuosas. Antes de 1925 já estavam construídas: a estrada de ferro Orós-Alencar, parte do túnel Orós-Lima Campos, a estrada de rodagem Orós-Lima campos, a Casa de Força (complexo gerador de energia com várias caldeiras gigantescas que poucas cidades do Brasil possuíam), a oficina mecânica (a mais bem equipada do País), Casa de Bombas para abastecimento d’água à população, Casa de Rádio (palacete imponente equipado de aparelho que se comunicavam com o Brasil e o mundo), duas casas de Hóspedes (sobrados de estilos coloniais), o Palacete das Águias, (monumento arquitetônico admirável – residência do Engenheiro Chefe), um hospital completo onde se realizavam as mais delicadas cirugias, 20 galpões para almoxarifados, Casa de Cinema, fábrica de gelo, grupo escolar, vários edifícios para escritórios e inúmeros prédios residenciais para operários.

O dinheiro era tão abundante em Orós que Antônio Bola, faturou, na fase de desmatamento e numa empreitada de 28 dias, o suficiente para comprar o sítio Bola e mais de 400 cabeças vaca paridas. Muitas empresas cresceram comprando vales dos operários e algumas tiveram prejuízos quando, já na administração Artur Bernardes, o governo deixou de pagá-los.

Pouco mais de trinta anos levou o Departamento de Obras Conta as Secas – DNOCS, para destruir quase todo o patrimônio deixado pelos americanos. Quando não demoliam os prédios, alegando falta de recursos para conservá-los, vendiam as máquinas e as dezenas de derriks – guindastes imponentes que esculturavam o boqueirão – a preços de ferro velho. Enquanto isso, milhares de pequenos agricultores desalojados da bacia não tiveram suas terras indenizadas. Abandonado seus ranchos, tornaram-se mendigos em terras estranhas, conscientes de que tinham prestado um serviço à Nação.

Fatos como esses não tiram o mérito da obra nem a importância que ela teve e tem para o município, cujo progresso se fez, também, às suas custas e que é economicamente imprescindível para ele e para a região.

Um canal adutor, de 12 km de extensão, alimenta o Açude Lima Campos, sem o qual deixaria de existir o perímetro irrigado de Icó. A válvula dispersora, que mantém o rio permanente, nutre as vazantes do médio e baixo Jaguaribe.

O INVERNO DE 1960 E O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DO AÇÚDE ORÓS


Aos 17 minutos do dia 26 de março de 1960, se rompia a barragem do açúde Orós, com as obras ainda em andamento, causando destruição na região do baixo Jaguaribe, na época, 170 mil pessoas, correspondente a 60% da população, foram atingidas.


O segundo Comando Aéreo acionou a Base Aérea de Fortaleza, e teve inicio, então, uma das maiores operações de ajuda humanitária no Estado. A emissora Ceará Rádio Clube fez campanha pedindo a população que enviasse câmaras de ar, que foram lançadas de avião nas áreas alagadas. As informações chegavam a capital, por meio de radioamador do DNOCS, que alertou durante vários dias e noites sobre o acidente.

 

Uma verdadeira ponte aérea, com aviões e helicopteros, prestavam ajuda e resgatavam moradores em áreas de difícil acesso. Para poderem atender a demanda de alimetos, remédios, roupas e agasalhos, o carregamento e descarregamento de aviões aconteciam 24 horas por dia.


O presidente Juscelino Kubitschek veio ao Ceará três dias deppois do desastre e sobrevoou as áreas atingidas, retornando a capital federal, providenciou pessoalmente, a implementação da ajuda federal aos desabrigados e acompanhava diariamente os relatórios emitidos pela Base Aérea de Fortaleza, que permitia a aplicação de recursos financeiros, materiais e humanos onde era necessário. Os militares trabalharam incansavelmente, salvando a vida de inúmeras pesoas, bem como uma grande quantidade de animais na área inundada.


Com o fim das chuvas, e por determinação expressa do Presidente JK, os trabalhos de reconstrução do açúde reiniciaram imediatamente, durante 24 horas por dia, sendo inaugurado no dia 11 de janeiro de 1961, na presença do Presidente, e como agradecimento dos cearenses, o açúde foi batizado com o nome de Juscelino Kubitschek.




Gentílico: oroense

Fonte: NOGUEIRA, João Maia - A História do Município de Orós.

Pontos Turistícos



Sangradouro


Com certeza a engenheria mais deslubrante da cidade, o sangradouro encanta pela sua grandiosidade. Sua função é escoar a água quando o açude está na sua capacidade máxima, evitando que a mesma venha passar sobre a parede. Durante sua última sangria, em 5 de fevereiro de 2004, onde pôde exibir toda sua beleza, atraiu inúmeros turistas e jornalistas de diversas localidades do Brasil, deixando na mente de todos recordações que poucas engenharias criadas pela ação humana em comunhão com a natureza pode propiciar.
Balcão dos pescadores


Localizado as margens do Açude Orós, o Balcão funciona como ponto de exportação de peixes e camarão. Ao seu redor encontra-se vários restaurantes bastante frequentados pelos turistas, cujo principal prato é o peixe.
Tuninho


Devido a vazão da água da válvula aos agricultores, criou-se em seu trajeto um longo canal de paisagens rochosas e naturais que revelou grandes pontos de diversão. O "tuninho", uma dessas belezas, foi assim batizado pela população por causa do túnel cravado na rocha na época da construção do canal. O local é um ótimo lugar para banho.
Juscelino Kubitschek


Estátua do ex-presidente Juscelino Kubitschek, localizada na parede do açude no qual foi fundador.
Correntezinha


Espaço que oferece banho, serviço de bar, além de uma bela paisagem natural.


Pontos Turistícos



Açude Orós


Um dos maiores espelhos d’água do mundo e o maior e mais importante açude do Ceará por várias décadas. O Açude Orós guarda em sua parede a estátua de seu criador, o ex presidente Juscelino Kubitschek. A estátua, feita de bronze e outros metais, atrai anualmente turistas de diversas regiões e encanta a todos pelo seu imenso valor histórico.
Válvula


Cosntruida para transportar água do Açude Orós aos agricultores que se encontram mais distantes de sua margem. A vávula se tornou um dos grandes pontos de visitação turística da cidade, principalmente pelo tamanho e beleza de sua vazão, oferecendo banho e lazer aos visitantes.

Governo Municipal

Prefeito
Simão Pedro Alves Pequeno

Partido: PSB

Mensagem do Prefeito:


Prefeitura
Endereço:
Praça Anastácio Maia, 40 - Centro
CEP: 63.520-000

Telefone: (88) 3584-1188 / Fax: (88) 3584-1450




Câmara Municipal

192_camara_129.jpg A Câmara Municipal de Orós foi instalada em 1º de setembro de 1957, sob a presidência do vereador Albino Vitor da Silva, mais votado na eleição de 4 de agosto do mesmo ano. Na mesma sessão ocorreu a eleição da primeira mesa diretora, que ficou assim constituída:

Presidente: Luthgards Lima Verde
Secretário: José Jorge da Silveira
Demais Vereadores: Joaquim Raimundo da Silva, Isaac Cândido Martins, Antônio Rodrigues e Vicente Barbosa Sobrinho.

No mesmo dia, a Câmara Municipal empossou o primeiro prefeito de Orós: José de Matos Leite.

Atualmente, a Câmara Municipal de Orós é formada por nove vereadores: Luhanna Úrya Maciel Bezerra – PP (presidente), Geraldo Belo – PSDB, Geraldo Vidal – PP, João Joaquim da Silva Filho – PSDB, José Wellington Costa Rolim – PMDB, João Wellington Luíz Moreira – PTB, José Patrício- PTB, Lucemy Cândido Martins – PP, Valmir Barbosa – PR.

Endereço:
Praça Anastácio Maia, 30

Contatos:
(88) 3584-1480 / (88) 3584-1678 - www.camara.oros.ce.gov.br

Hospital Municipal Luzia Teodoro da Costa

O Hospital Municipal fica localizado na Rua Antônio Amaro da Costa, nº. 002 - centro; consta com leitos de observação, clínica médica, pediatria, clínica cirúrgica e obstétrica.

Realizam atendimentos ambulatoriais, RX, ECG, USG, exames laboratoriais, atendimento de fonoudiologia, cardiologia, dermatologia, ginecologia, obstetrícia e cirurgias eletivas.

Dispomos ainda de agência transfusional, vinculada ao HEMOCE do Iguatu.

Atende a todos os Oroenses procurando proporcionar um atendimento de qualidade voltado ao bem estar e integridade da saúde, iniciando-se na tensão básica até atenção secundária.

Telefone: (88) 3584-1240
Fonte: http://www.oros.ce.gov.br/